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A SÍNDROME DO IMPOSTOR

  • Texto: Patricia Azevedo | Arte: Hernan Marin
  • 31 de mar. de 2016
  • 3 min de leitura

“Senti minhas mãos trêmulas, um nó na garganta, estava passando em minha cabeça um sentimento de sufoco, uma confusão sobre aquela situação da qual deveria estar no controle, era a minha zona de conforto, mas era como se eu fosse uma fraude”. Relato de P.S


O trecho acima poderia ser cena de um filme, mas é apenas mais um relato experimentada por uma das mulheres que sofrem do mais novo fenômeno que ataca principalmente mulheres modernas a chamada "Síndrome do Impostor".

Segundo um estudo realizado pela psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia nos Estados Unidos os sintomas atingem em menor ou maior grau 70% dos profissionais bem-sucedidos, sendo principalmente mulheres.


Essas pessoas jamais creditam seu sucesso à sua inteligência, competência ou habilidade pessoal e ainda se convencem de que os elogios e reconhecimentos em relação às suas conquistas não são merecidas atribuindo suas realizações à sorte ou ao acaso repentino e até mesmo fatores externos como explica a psicóloga americana Valerie Young, autora do livro “Os pensamentos secretos mulheres de sucesso”.


Soma se a isso uma sensação de que a qualquer momento serão descobertas não importa o que tenham realizado ou o que as outras pessoas pensam, no fundo você está convencida de que é um impostor, uma farsa, uma fraude. As vitimas da síndrome vão desde mulheres com histórico de baixo auto estima, algumas com históricos de abusos sociais e raciais que vivem em sociedades extremamente opressoras ou racistas como EUA, ou Brasil.


Segundo a especialista este fenômeno aparece especialmente em momentos de transição pessoal ou quando a vitima é confrontada a vencer algum novo desafio, que costuma vir acompanhado de uma grande carga de ansiedade e insegurança e reagem usando a síndrome como mecanismo de defesa.


Recentemente a modelo “Naomi Campbell’ concedeu entrevista ao tabloide britânico The Guardian e revelou: “ Desde muito nova eu sabia que teria que ser duas vezes melhor de que qualquer menina branca".

Mulheres negras parecem ser mais vulneráveis à síndrome devido a pressão social de sociedades machistas e racistas, como as mídias que visivelmente preferem brancas.


As psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes listaram alguns sinais evidente que foram apresentados pelas vitimas da síndrome do impostor.

Quando você se torna um workaholic insano.


“Você acredita que todos ao seu redor são inerentemente mais inteligentes ou capazes que você, então tenta trabalhar em dobro para parecer dentro dos padrões, usando algumas estratégias para tentar esconder seus méritos e evitar ser descoberto, tal como fazer um esforço extraordinário para encobrir sua “suposta inaptidão".


Obsessão por perfeição em todos os momentos em que seja necessite fazer uma apresentação em publico, enviar um relatório, reportagem, ou qualquer que seja o trabalho a ser apresentado, fixa por revisar o documento até o esgotamento.


Tenta esconder seus talentos, esforçando se menos que os demais.


Este caso é completamente oposto ao anterior, você sabe que poderia ir mais longe, mas não vai, porque se falhar, prefere que as pessoas acreditem que foi por preguiça e não por burrice ou incapacidade, assim quanto menos razões as pessoas tenham para julgar seu desempenho melhor, logo a vitima acredita estar se protegendo de um possível julgamento.


Algumas iniciativas devem ser tomadas como reforçar o trabalho de auto estima e autoimagem, entender se como protagonista e responsável pelos seus méritos, parar de tentar ser perfeita, diga a si mesmo:


“ Sim foi um erro de digitação e não vou corrigir esta bom o suficiente para ser entendido." E por fim tirar a máscara e conversar com alguém que possa estar enfrentando o mesmo problema.


Estes são os primeiros passos para vencer a síndrome do impostor.






 
 
 

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