VICTORIA VIPPER
- Arte: Ana Maria Sena
- 10 de mar. de 2015
- 2 min de leitura

Victoria Vipper surgiu, em aproximadamente sete anos atrás. Desde criança eu já gostava de dançar, com cinco/seis anos me lembro de dançar ao som de o Tchan, no fundo eu sempre tive essa veia artística. Então quando eu cresci comecei a frequentar as boates do centro de São Paulo. E quando eu via aqueles shows! Nossa, eu parava e ia para frente do palco, para admirar, mesmo que fossem candidatas iniciantes num concurso, eu sempre ficava ali fascinada.
Mas no meu interior eu pensava: Travesti não! Drag não! Eu tinha o preconceito dentro de mim, no começo eu não em aceitava nem como gay, eu ficava confusa, pensando se eu iria ser bi, gay, era uma fase onde eu não me encontrava.
Quando eu comecei a ir para boate e ver todo aquele lado artístico, fui ficando tão fascinada e aos 17/18 anos quando eu frequentava mais, estava acontecendo os concursos e os bate-cabelo. E eu achava aquilo tão legal, então comecei a treinar em casa, para tentar fazer pelo menos parecido E foi desenrolando, comecei a me montar uma vez ou outra, fui tomando gosto, fui aprendendo a me maquiar, foi aprendendo onde comprar cílios a fazer minhas próprias roupas, tecidos.
Eu comecei então a fazer shows, concursos da Freedom Club, Dance Club, Tunnel, algumas boates que trabalho atualmente. Eu comecei com concursos e fui levando a frente evoluindo, aprendendo aqui errando ali.
Até que em 2010 eu participei do meu primeiro concurso de beleza que foi o Miss São Paulo, fiquei em segundo lugar, um mês e meio depois, surgiu a oportunidade de participar do Miss Beleza Gay São Paulo e eu ganhei! Graças a Deus!
Participei de entrevistas em jornais, televisão, entrevistas, participei de feiras.
Um mundo novo se abriu para mim depois disso e hoje eu sou Vistoria Vipper, uma mulher forte, empoderada e destemida, que luta pela visibilidade travesti e transexual.
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